Foto: Reprodução | Meta AI |
Embora ocorra mais frequentemente em casos de maus-tratos, o neurologista Eduardo Jorge alerta que a síndrome também pode se desenvolver em momentos de diversão, quando pais ou cuidadores balançam ou giram os bebês sem saber desse perigo.
O médico explica que o corpo das crianças nessa faixa etária ainda está em formação e esclarece o que acontece quando elas são fortemente balançadas.
“Crianças que são agarradas pelo braço ou pelo tórax sofrem sacudidas que provocam aceleração e desaceleração do crânio. Se você observar uma criança menor, notará que ela tem uma proporção maior, o que faz com que balance com mais facilidade. Isso pode causar o rompimento de pequenos vasos dentro do cérebro, levando a hemorragias intracranianas. Esses pequenos rompimentos podem se tornar maiores, resultando em hemorragias mais significativas”.
Cintia Batista, de 40 anos, moradora do Distrito Federal e mãe do pequeno Sandro, de seis meses, conta que sempre fica atenta quando o filho está no colo de alguém e faz questão de orientar os familiares sobre a importância de proteger a cabeça do bebê. Segundo ela, a orientação de profissionais antes de sair da maternidade também foi importante para garantir todo esse cuidado.
"Ele passa a maior parte do tempo comigo, então eu tenho muito cuidado com ele, né? O pai também é super cuidadoso, e a gente já sai da maternidade com várias orientações, né? Eu, pelo menos, saí da maternidade muito bem instruída. Inclusive, em relação a essa síndrome, a minha pediatra fez um reforço sobre tudo que tinham falado. Ela destacou que tudo deve ser feito com muito carinho, sem exageros."
Os pais devem ficar atentos aos sinais e procurar atendimento médico caso percebam que o bebê esteja com crises de choro constantes sem motivação aparente, irritação, dificuldades para dormir, problemas ao respirar, pele pálida ou com tom azulado, náuseas e vômitos. (Agência Brasil)
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