A Bahia tem 46% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na quarta-feira (4). São 6,9 milhões de baianos vivendo com menos de R$22,23 por dia, ou seja, R$667 por mês. As informações revelam ainda quais são as regiões do estado que possuem mais pessoas na pobreza.
Foto: Reprodução |
A região do Vale do Rio São Francisco, formada por 64 cidades, possui a maior proporção de moradores abaixo da linha da pobreza. O percentual atinge 56,8% da população, ou seja, 1.102 milhão de pessoas. Entre as cidades que integram a área estão Juazeiro, Casa Nova e Bom Jesus da Lapa. O IBGE não possui informações sobre os municípios individualmente.
O Oeste baiano aparece em segundo lugar, com 54,4% da população nesta situação. O percentual representa 362 mil pessoas. Integram a região os municípios Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Formosa do Rio Preto e Barreiras. A localidade é uma das mais promissoras no segmento do agronegócio.
Segundo Mariana Viveiros, supervisora de disseminação do IBGE, os dados apontam que as riquezas geradas pelo segmento não são bem dividas entre a população. "A localidade possui municípios com economias muito pujantes e, por isso, atrai muitas pessoas que buscam oportunidade", diz. Neste ano, o Censo revelou que Luís Eduardo Magalhães, uma das cidades da região, tem a maior quantidade de pessoas vivendo em cortiços do Brasil.
Considerando os oito estratos geográficos, a cidade de Salvador tem a menor proporção de população abaixo da linha de pobreza (34,4%). O grupo de 12 cidades que formam o estrato Entorno Metropolitano (que inclui Camaçari, Lauro de Freitas, Mata de São João e São Francisco do Conde) tem a segunda menor proporção (37,9%).
Já o Litoral Sul, que reúne 70 municípios, entre eles Porto Seguro, Ilhéus, Itabuna, Eunápolis e Teixeira de Freitas, possui 43,8% da população nessa condição. Litoral Norte e Recôncavo tem 50,3%. O Centro-Norte, 47,6%, e o Centro-Sul, 50,2%. (Correio)
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