Daqui, assisto com profunda tristeza, a agonia final de uma instituição fundada por homens pretos no ano 1874, em Cachoeira

*Por Alzira Costa
Daqui, assisto com profunda tristeza, a agonia final de uma instituição fundada por homens pretos no ano 1874, em Cachoeira, Recôncavo Baiano. O Montepio dos Artistas Cachoeiranos fenece no século XXI de forma lastimável, para a desonra da memória dos seus fundadores e daqueles que garantiraram a sua existência até os dias atuais, a exemplo do grande artíficie Mestre Machado, de saudosa memória. 

Envolvida numa maranha espantosa, a entidade que fez história nas lutas pela abolição da escravatura, virou alvo de disputas judiciais entre seus integrantes e pessoas que não fazem parte do Montepio. Brigam pelo que resta dos bens patrimoniais da entidade, enquanto importantes documentos que testemunham parte da história de pretos cachoeiranos estão se deteriorando em algum canto da sede social. Esta, na mira da cobiça de querelantes.

Triste Cachoeira, Cidade Heróica Monumento Nacional.

*Alzira Costa é jornalista moradora de Cachoeira, no Recôncavo Baiano

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